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Nutrição de Cães e Gatos - Animal com megaesôfago

Atualizado: 14 de jun. de 2022



1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: O megaesôfago é definido como uma dilatação generalizada e difusa do esôfago com peristalse diminuída a ausente. No esôfago normal, a presença de bolo alimentar na porção esofágica proximal estimula os neurônios sensoriais aferentes. Os impulsos motores retornam pelos neurônios eferentes do nervo vago até estimular o músculo estriado (cães) e a musculatura estriada e lisa (gatos) a fim de provocar a contração do esôfago. Lesões em qualquer lugar ao longo dessa via podem levar ao surgimento de megaesôfago e consequente retenção de alimento e líquidos. O megaesôfago pode ser congênito e hereditário em cães da raça Fox terrier de pelo duro e Schnauzer miniatura. Outras raças relatadas incluem Dachshund, Pastor alemão, Dinamarquês, Setter irlandês, Labrador retriever, Pug, Shar-pei chinês, Jack Russel terrier e Samoieda.


2) SINAIS CLÍNICOS: Os casos congênitos manifestam-se logo após o nascimento ou no momento do desmame de dietas líquidas para alimentos mais sólidos. Nos achados anamnésicos os proprietários frequentemente relatam vômito; nesse caso, deve-se diferenciar vômito de regurgitação. A regurgitação é considerada como o sinal característico, disfagia, tosse/secreção nasal com pneumonia por aspiração, apetite devorador ou inapetência, perda de peso ou crescimento deficiente; ptialismo e halitose. Os achados do exame físico podem ser vistos como tumefação no pescoço (distensão da porção esofágica cervical), ptialismo, halitose, aumento dos ruídos respiratórios, secreção nasal e febre, caquexia, fraqueza e perda de peso.


3) CAUSAS E FATORES DE RISCO: As causas congênitas são idiopática e miastenia grave; já as causas adquiridas e com início no adulto podem ser também idiopática, doença neuromuscular (miastenia grave, lúpus eritematoso sistêmico, miosite, disautonomia, cinomose, doença do armazenamento de glicogênio, tétano/botulismo, dermatomiosite, dano traumático ao nervo vago), obstrução esofágica (anomalia do anel vascular, neoplasia, estenose, corpo estranho, granuloma), endocrinopatia (hipoadrenocorticismo, hipotireoidismo).


4) DIAGNÓSTICO: É importante distinguir regurgitação de vômito. A regurgitação é um processo passiva, pouco ou nenhum esforço abdominal, sem fase prodrômica; o material vomitado tem uma coloração intensa de bile. A forma do material expelido, a presença de alimento não digerido e a duração de tempo desde a ingestão até a regurgitação ou o vômito são menos úteis para a diferenciação. Hemograma/bioquímica/urinálise podem permanecer dentro dos limites de normalidade. Os diagnósticos por imagem podem ser realizados por meio de radiografias torácicas simples (esôfago dilatado preenchido com ar, líquido ou alimento; deslocamento ventral da traqueia) e esofagograma constrastado e fluoroscopia (líquido de bário ou refeição de bário). Como métodos diagnósticos têm-se a opção de esofagoscopia, que pode ser usada não só para a recuperação de corpos estranhos, mas também para a avaliação de lesão obstrutiva, neoplasia ou esofagite sob suspeita.


5) TRATAMENTO E MANEJO: Os aspectos mais relevantes envolvem medidas para suprir as necessidades nutricionais ou evitar a pneumonia por aspiração. A restrição de atividade não é necessária. Em relação à dieta, as necessidades nutricionais devem ser calculadas com precisão, indicando o grau de debilidade. É essencial a experimentação com diferentes consistências de alimentos. Pode-se lançar mão de papas ou mingaus líquidos, pequenas bolas de carne, caldos batidos no liquidificador. Tanto o comedouro quanto o bebedouro devem ser suspensos (45 – 90º do chão) e o animal deve ser mantido em uma posição ereta por 10 – 15 minutos após a ingestão de água ou alimento. Pode ser mais fácil conseguir uma posição ereta com o uso de uma cadeira específica. Não é recomendada a ressecção cirúrgica do megaesôfago.



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