
1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: Na lipidose hepática felina 80% dos hepatócitos acumulam triglicerídeos, resultando em colestase grave e disfunção hepática. Os gatos têm uma propensão ao acúmulo de triglicerídeos nos vacúolos citosólicos dos hepatócitos. A média de idade dos felinos acometidos é de 8 anos (1 – 16 anos), ou seja, acomete principalmente adultos de meia-idade.
2) SINAIS CLÍNICOS: Os achados anamnésicos são anorexia e perda de peso, icterícia, letargia e fraqueza que evoluem para colapso, vômitos, diarreia ou constipação, ptialismo (pode refletir encefalopatia hepática ou aversão alimentar), flexão ventral do pescoço (fraqueza, depleções eletrolíticas de fosfato e potássio). Os achados do exame físico consistem de icterícia, hepatomegalia, desidratação, fraqueza e ventroflexão do pescoço, decúbito, ptialismo, colapso.
3) CAUSAS E FATORES DE RISCO: Lipidose hepática idiopática – na verdade, não é idiopática, pois resulta de problemas de saúde prévios, que provocam anorexia ou má assimilação na maioria dos gatos. Lipidose hepática secundária – mais de 85% dos gatos com lipidose hepática apresentam distúrbios que causam anorexia ou má assimilação; o restante em histórico de privação alimentar. Qualquer doença que tenha resposta sistêmica ou que cause anorexia pode vir a desenvolver lipidose hepática. Os fatores de risco são obesidade, anorexia, balanço nitrogenado negativo, perda de peso rápida e deficiência de B12.
4) DIAGNÓSTICO: Deve-se realizar o diagnóstico diferencial de hepatopatia primária subjacente, anomalia vascular portossistêmica, toxoplasmose hepática ou PIF, pancreatite, doença gastrintestinal, toxicidades e hipertireoidismo. Na hematologia é comum a observação de anemia arregenerativa, anemia hemolítica, hipofosfatemia grave ou corpúsculos de Heinz. Na bioquímica pode-se observar hiperbilirrubinemia, atividade elevada de FA e ALT, nível baixo de ureia, hipofosfatemia grave (< 2 mg/dL) durante as primeiras 72 h (fenômeno de realimentação). Na urinálise é comum a constatação de lipidúria e urina não concentrada. Tempo de coagulação prolongados (TP, TTPA, TCA e PIAVK) em mais de 50% dos gatos. No diagnóstico por imagem pode-se observar hepatomegalia e hiperecogenicidade difusa do parênquima hepático (reflete a vacuolização lipídica hepática). Como métodos diagnósticos podem-se citar CAAF (mais de 80% dos hepatócitos revelam vacuolização citosólica) e biopsia de fígado (3 doses de vitamina K1, em intervalos de 12 h antes dos procedimentos para reduzir o risco de hemorragia iatrogênica).
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