
1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: Metabolismo geral patológico, contínuo e acentuado, causado por altas concentrações circulantes de hormônios tireoidianos. Em gatos é causado mais frequentemente por nódulos hiperfuncionais autônomos da glândula tireoide que secretam T4 e T3, sem o controle de influências fisiológicas (secreção de TSH). Extremamente incomum em cães. Em contrapartida, é a endocrinopatia mais comum em gatos; uma das doenças mais comuns em gatos no final da meia-idade e idosos. A idade média em gatos é de aproximadamente 13 anos; variação de 4 – 22 anos. Incomum em gatos com menos de 6 anos de idade.
2) SINAIS CLÍNICOS: Polissistêmicos, pois refletem o aumento global no metabolismo. Nos achados anamnésicos encontram-se sinais como perda de peso, polifagia, vômitos, diarreia, polidipsia, taquipneia, hiperatividade, dispneia e agressividade. Nos achados do exame físico pode-se observar aumento de volume da tireoide (70% dos pacientes apresentam acometimento bilateral), má condição corporal, sopro cardíaco, taquicardia, ritmo de galope, aspecto desleixado e unhas engrossadas.
3) CAUSAS E FATORES DE RISCO: Gatos – nódulos hiperfuncionais autônomos e, raramente, carcinoma da tireoide. Cães – secreção de T4 ou T3 por carcinoma da tireoide ou iatrogênica pela suplementação excessiva de tiroxina. Alguns relatos relacionaram o hipertireoidismo felino com algumas rações enlatadas. A idade avançada aumenta o risco.
4) DIAGNÓSTICO: Deve-se levar em consideração os diagnósticos diferenciais, como insuficiência renal crônica, hepatopatia crônica e neoplasia (especialmente linfoma intestinal); por isso, faz-se importante a realização de exames laboratoriais de rotina e provas de função da tireoide. No hemograma/bioquímico pode-se observar eritrocitose (leve) e, menos comumente, leucocitose, linfopenia e eosinopenia (resposta ao estresse associada a altos níveis de T4 ou T3). Comum atividade elevada da ALT. Outros testes laboratoriais que podem ser realizados são: concentrações séricas de T4 total (mede a T4 ligada à proteína e a forma livre; a alta concentração em repouso confirma o diagnóstico de hipertireoidismo), concentração sérica de T3 total (a concentração elevada é menos confiável que a T4 total sérica), T4 livre por diálise de equilíbrio (útil para diagnosticar hipertireoidismo leve ou precoce em gatos, que podem ter concentrações séricas em repouso normais de T4 total); na teoria, a T4 livre reflete com maior precisão o verdadeiro estado secretor da tireoide, mas alguns gatos com doença não relacionada com a tireoide exibem elevações inexplicáveis de T4 livre, portanto, não se deve usar apenas a T4 livre como teste de triagem de primeira linha; teste de supressão com T3 (útil para diagnosticar hipertireoidismo leve), teste de estimulação com TRH (bom para diagnosticar hipertireoidismo leve).
5) TRATAMENTO E MANEJO: Não é recomendável qualquer modificação na atividade do paciente. Na dieta, a resolução da tireotoxicose dispensa a necessidade de modificações. A má absorção de muitos nutrientes e o metabolismo aumentado sugerem a necessidade de dieta altamente digerível com boa biodisponibilidade de proteína no hipertireoidismo não submetido ao tratamento. A tireoidectomia cirúrgica é um tratamento recomendado para o hipertireoidismo em gatos.
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