1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: Formação excessiva de gases no estômago ou no trato intestinal. O flato se refere ao gás liberado pelo ânus. Em geral, resulta de alguma mudança na dieta ou imprudência alimentar, mas pode ser o prenúncio de uma doença gastrintestinal mais séria, especialmente em gatos. Dietas pouco digeríveis que escapam da assimilação intestinal e, portanto, ficam disponíveis para a fermentação colônica e dietas que liberam gases odoríferos estão associadas à flatulência; elas incluem oligossacarídeos não absorvíveis (soja, feijão e ervilha), alimento deteriorado, dietas ricas em gordura, laticínios e condimentos. Alimentos com fibras contribuem indiretamente para a formação de flatos ao reduzirem a digestibilidade da matéria seca e diretamente pela fermentação da fibra no cólon. Os cães e gatos são intolerantes à lactose; a concentração de 1,5 g/kg/dia na dieta (11 g de lactose em 1 xícara de leite) pode produzir flatos e diarreia. A rápida troca na dieta ou o aumento na concentração de algum componente alimentar, sobretudo carboidrato ou fibra, pode causar flatos durante um período de adaptação intestinal. A má digestão de proteínas é frequentemente responsável pela produção de gases fétidos. Estados mórbidos que prejudicam a assimilação de nutrientes, tornando-os disponíveis para a fermentação no cólon, podem causar flatos.
2) SINAIS CLÍNICOS: Os achados anamnésicos consistem em aumento da frequência e, possivelmente, do volume dos flatos detectados pelo proprietário. Os achados do exame físico podem incluir leve desconforto abdominal causado por possível distensão gastrintestinal (esse sinal pode ser relatado pelo proprietário como um animal de estimação que exibe esforços repetidos de deglutição, inquietação e letargia) e, quando o flato se deve à doença gastrintestinal, pode haver sinais gastrintestinais concomitantes, como diarreia, vômito, borborigmo, alterações no apetite e perda de peso.
3) CAUSAS E FATORES DE RISCO: Aumento da aerofagia – comportamento alimentar glutão ou competitivo, doença respiratória ou qualquer causa de aumento da frequência respiratória, alimentação logo pós o exercício e raças braquicefálicas). Relacionadas com a dieta – dietas ricas em oligossacarídeos não absorvíveis (soja, ervilha e feijão), dietas ricas em fibra fermentáveis (lactose, pectina, inulina, psílio, farelo de aveia), laticínios, modificações abruptas na dieta e condimentos e aditivos alimentares/suplementos. Condições mórbidas – doença intestinal aguda e crônica. Estilo de vida sedentário – um estudo relatou que 43% dos proprietários de cães escolhidos aleatoriamente detectaram flatulência, mais comumente em cães sedentários, sem associação a uma dieta específica.
4) DIAGNÓSTICO: O primeiro passo é a realização do diagnóstico diferencial. Deve-se diferenciar causas nutricionais e comportamentais de flatos de doença gastrintestinal por meio da avaliação completa dos antecedentes do paciente; isso permite que o clínico se certifique do tipo de dieta, da quantidade ingerida, da frequência das refeições e das modificações ou acréscimos na dieta, bem como do ambiente onde o paciente é alimentado; pesquisar o método de alimentação (frequência, quantidade, relação com o exercício, a maneira como é oferecida e a incidência de comportamento alimentar competitivo. Palpar o abdome à procura de alças intestinais cheias de gás, dor e distensão. Avaliar o escore da condição corporal; se baixo, isso pode indicar doença gastrintestinal concomitante ou consumo alimentar inadequado. A obesidade pode ser associada a um estilo de vida sedentário, que pode ser um fator de risco. Hemograma/bioquímica/urinálise geralmente apresentam-se normais. Pode-se realizar ainda citologia retal, cultura, teste de flutuação em sulfato de zinco ou ELISA fecal, PCR, coproculturas. Como forma de diagnóstico por imagem, pode-se realizar ultrassonografia abdominal para diagnosticar massas gastrintestinais ou espessamento mural; em alguns casos, pode ser necessária a realização de estudos contrastados para detectar algum padrão obstrutivo.
5) TRATAMENTO E MANEJO: Incentivar o animal a ter um estilo de vida ativo. O exercício aumenta a motilidade GI, o que ajudará a expelir os flatos e aumentará a regularidade da defecação. Em relação à dieta, deve-se fornecer refeições em pequenas quantidades várias vezes ao dia em um ambiente isolado e tranquilo. Mudar a alimentação para uma de alta digestibilidade, com baixas concentrações de fibras e gordura, ou refeições preparadas em casa contendo arroz branco cozido (cães) com frango sem pele ou queijo cottage (balanceadas com vitaminas e minerais). Uma troca na fonte de proteína ou carboidrato ou a remoção dos aditivos beneficia alguns animais. Nos gatos, dietas ricas em proteínas ou pobres em carboidratos poderão ser benéficas se houver intolerância e carboidrato.
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