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Nutrição de Cães e Gatos - Animal com Esofagite

Foto do escritor: Dra. BrubsDra. Brubs

Atualizado: 14 de jun. de 2022



1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: A esofagite consiste na inflamação do esôfago. Varia desde uma leve inflamação da superfície mucosa até ulceração grave, envolvendo as camadas submucosas e muscular. A mucosa esofágica possui vários mecanismos importantes de barreira para resistir a substâncias cáusticas, incluindo o tipo de epitélio, a depuração esofágica rápida por peristaltismo e a neutralização do ácido pela saliva rica em bicarbonato são mecanismos de defesa importantes para evitar esofagite por refluxo. O rompimento dessas barreiras e mecanismos de defesa causa inflamação, erosão e/ou ulceração de estruturas subjacentes. A inflamação contínua provoca diminuição da motilidade do esôfago e do tônus do esfíncter esofágico inferior, o que faz com que ocorra maior refluxo e perpetua a inflamação. Acomete qualquer idade.


2) SINAIS CLÍNICOS: Os achados anamnésicos incluem regurgitação, hipersalivação, uivo, choro ou ganido durante a deglutição (odinofagia), disfagia, apetite diminuído (hiporexia), perda de peso, tosse e/ou secreção nasal em animais com pneumonia por aspiração concomitante. Os achados do exame físico são debilidade generalizada em caso de esofagite grave, febre e hipersalivação em pacientes com esofagite ulcerativa grave, dor à palpação do pescoço e do esôfago.


3) CAUSAS E FATORES DE RISCO: As causas podem estar relacionadas à anestesia que resulta em refluxo gastresofágico, doença de refluxo, vômito crônico, retenção esofágica de comprimidos ou cápsulas (doiciclina, clindamicina, AINEs – muito comum em gatos), corpo estranho esofágico, agentes infecciosos, sondas de alimentação nasogástrica ou aquelas inseridas por esofagostomia ou faringostomia, cirurgia esofágica e/ou torácica ou esofagite e/ou esofagite eosinofílica (rara). Os fatores de risco mais comumente envolvidos são hérnia de hiato (pelo refluxo gastresofágico), anestesia (pelo relaxamento, pode causar refluxo) e o jejum por períodos prolongados e a falta de jejum coloca os pacientes sob maior risco de refluxo gastresofágico durante a anestesia e possível esofagite.


4) DIAGNÓSTICO: Deve-se levar em consideração os diagnósticos diferenciais sendo eles: corpo estranho esofágico, estenose esofágica, disfagia orofaringe, hérnia de hiato, megaesôfago, divertículos esofágicos e anomalia do anel vascular (persistência do arco aórtico direito). Hemograma/bioquímica/urinálise costumam permanecer normais, somente aparecem com leucocitose e neutrofilia em casos de esofagite ulcerativa e pneumonia por aspiração. Pode-se realizar diagnóstico por imagem, por meio de radiografia torácica simples e radiografia contrastada com bário. Como métodos diagnósticos pode-se pedir endoscopia e biópsia, sendo esses dois os meios mais confiáveis de diagnóstico; aspiração transtraqueal e/ou broncoscopia para citologia, cultura e antibiograma se houver suspeita de pneumonia por aspiração.

5) TRATAMENTO E MANEJO: Fluidos IV para manter a hidratação em casos mais graves, as medicações talvez tenham que ser administradas por via IV durante a hospitalização e realizar mudanças na dieta do paciente. No caso de esofagite grave, suspender o alimento e a água por, no mínimo, 3 – 5 dias; manter a dieta com sondas de alimentação por gastrostomia (de preferência) ou nutrição parenteral total. Nos casos graves, fica indicada a gastrostomia endoscópica percutânea ou a colocação cirúrgica de sonda de gastrostomia.



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