1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: Inflamação de algumas ou de todas as estruturas de sustentação dos dentes (gengiva, cemento, ligamento periodontal e osso alveolar); comparada com a gengivite (inflamação da gengiva marginal), a periodontite indica algum grau de perda do tecido de inserção periodontal. A barreira epitelial intacta, a alta taxa de renovação epitelial e a descamação superficial impedem o acesso direto das bactérias ao tecido. Alguns produtos bacterianos podem se difundir pelo epitélio da junção até atingir o tecido conjuntivo gengival subjacente; os mecanismos normais de defesa do hospedeiro limitam a penetração desses produtos e seus efeitos nocivos. Oscilações no equilíbrio hospedeiro-parasita podem resultar em ciclos de intensidade diminuída ou aumentada da resposta inflamatória; pode-se pensar na periodontite como o resultado de uma interação hospedeiro-parasita imperfeitamente equilibrada. Causada pelas bactérias localizadas na fenda gengival; inicialmente se forma uma película na superfície do esmalte de um dente sadio; a película é composta de proteínas e glicoproteínas depositadas a partir da saliva e do líquido da fenda gengival; a película atrai bactérias aeróbicas Gram-positivas; imediatamente, ocorre a adesão de mais bactérias, formando a placa; em alguns dias, a placa se espessa, torna-se mineralizada e transforma-se no cálculo, que é rugoso e irritante para a gengiva. Com o tempo, cria-se um ambiente anaeróbico na região subgengival, fazendo com que espiroquetas e bastonetes móveis anaeróbicos povoem essa região; maior quantidade de placa acumula-se na parte superior do cálculo; as endotoxinas liberadas pelas bactérias anaeróbias provocam destruição tecidual e perda óssea (periodontite).
2) SINAIS CLÍNICOS: O nível de gravidade da doença periodontal relaciona-se com o dente isolado; um paciente pode ter os dentes em diferentes estágios de doença periodontal – Normal: corresponde ao nível 0 da doença periodontal, paciente clinicamente normal, sem inflamação gengival ou periodontite evidente do ponto de vista clínico. Estágio 1: corresponde ao nível 1 da doença periodontal, gengivite apenas sem perda da inserção. A altura e a arquitetura da margem alveolar encontram-se normais. Estágio 2: corresponde ao nível 2 da doença periodontal, também chamada de periodontite precoce, quando há menos de 25% de perda da inserção ou, no máximo, há um envolvimento da furcação do estágio 1 em dentes com múltiplas raízes. Há sinais radiológicos precoces de periodontite. Estágio 3: corresponde ao nível 3 da doença periodontal, sendo também chamado de periodontite moderada, ocorrendo perda de 25 – 50% da inserção, conforme mensurada pela sondagem ou pela determinação radiográfica. Estágio 4: corresponde ao nível 4 da doença periodontal, também conhecida como periodontite avançada, com perda de mais de 50% da inserção, conforme mensurada pela sondagem ou pela determinação radiográfica. A perda da inserção pode envolver a perda da gengiva inserida e/ou do osso alveolar (bem como do ligamento periodontal). Pode ocorrer a formação de bolsas periodontais ou a retração do tecido com exposição das raízes e/ou da área de furcação.
3) CAUSAS E FATORES DE RISCO: Gengivite e periodontite são as principais causas. Como fatores de risco podem-se citar as raças toy com dentes encavalados, cães que se lambem (isso faz com que os pelos fiquem incrustados no sulco gengival), outras doenças debilitantes e mau estado de nutrição.
4) DIAGNÓSTICO: Os diagnósticos diferenciais podem ser pênfigo, lúpus, neoplasia bucal e estomatite. A radiografia é uma ferramenta diagnóstica importante; até 60% da doença fica escondida abaixo da linha gengival. Nenhuma alteração radiográfica na doença de estágio 1 (gengivite). Sinais radiográficos precoces da doença de estágio 2/3 incluem perda da densidade e da nitidez da margem alveolar; à medida que a doença periodontal evolui, há perda apical de mineralização. A doença periodontal grave aparece ao exame radiográfico como perda da sustentação óssea ao redor de uma ou mais raízes; a perda óssea pode ser horizontal (diminuição na altura do osso em torno de um ou mais dentes), vertical (defeito infraósseo) ou oblíqua (combinação de ambas). Como métodos diagnósticos pode-se realizar a sondagem periodontal, que consiste na distância entre a margem livre da gengiva e a extensão apical da bolsa; profundidades > 2 mm no cão e 1 mm no gato são anormais. Qualquer perda da inserção é anormal.
TRATAMENTO E MANEJO: O objetivo final da terapia periodontal é controlar a placa e evitar a perda de inserção; um paciente disposto e um proprietário capaz de fornecer os cuidados em casa são considerações importantes na criação de um plano terapêutico. O tratamento consiste desde uma simples limpeza de placas bacterianas e cálculos dentários até uma intervenção cirúrgica para exérese dentária.
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