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Nutrição de Cães e Gatos - Animal com Dermatopatia

Foto do escritor: Dra. BrubsDra. Brubs

Atualizado: 14 de jun. de 2022



1) CONSIDERAÇÕES GERAIS: A dermatite atópica é uma reação de hipersensibilidade a substâncias normalmente inócuas, como polens (gramíneas, ervas daninhas e arbustos), bolores, ácaros da poeira doméstica, alérgenos epiteliais e outros alérgenos ambientais. Manifesta-se como uma dermatopatia inflamatória, recidivante, crônica, pruriginosa e não contagiosa. Animais susceptíveis tornam-se sensibilizados a alérgenos ambientais, produzindo IgE alérgeno-especifica, a qual liga-se a sítios de receptores presentes em mastócitos cutâneos. A reexposição a algum alérgeno, principalmente por absorção percutânea, provoca a degranulação dos mastócitos (reação de hipersensibilidade imediata tipo I), resultando na liberação de histamina, enzimas proteolíticas, citocinas, quimiocinas e muitos outros mediadores químicos. A idade média de início é de 1 – 3 anos; a faixa etária varia de 3 meses a 6 anos. Os sinais podem ser leves no primeiro ano, mas costumam evoluir e se tornar clinicamente aparentes antes dos 3 anos de idade.


2) SINAIS CLÍNICOS: Os sinais clínicos mais comumente relatados pelos tutores são prurido (coceira, arranhadura, fricção, lambedura) – grande parte das alterações cutâneas são causadas por traumatismo autoinduzido. Idade precoce de início; histórico em indivíduos aparentados; pode ser sazonal; infecção cutânea ou otológica recorrente; resposta temporária a glicocorticosteroides e os sintomas progressivamente pioram com o tempo. As regiões mais comumente acometidas são os espaços interdigitais, áreas dos ossos do carpo e tarso, focinho, região periocular e inguinal, axilas e pavilhões auriculares. As lesões variam desde sua ausência até pelos quebradiços ou manchas de saliva, eritema, reações papulares, crostas, alopecia, hiperpigmentação, liqueinificação, seborreia excessivamente oleosa ou seca e hiperidrose. Infecções cutâneas secundárias por bactérias e leveduras, otite externa recidivante crônica e pode ocorrer conjuntivite.


3) CAUSAS E FATORES DE RISCO: As causas principais são polens (gramíneas, ervas daninhas e arbustos), esporos de fungos, malasseziose, ácaros da poeira doméstica, descamação da pele e dos pelos (caspas) de animais de estimação, insetos e desregulação de citocinas. Os fatores de risco são ambientes de clima temperado com épocas prolongadas de alergia e altos níveis de polens e esporos de fungos. Dermatoses pruriginosas concomitantes (hipersensibilidade à picada de pulga e reação alimentar adversa).


4) DIAGNÓSTICO: Em primeiro lugar, deve-se realizar o diagnóstico diferencial. A reação alimentar adversa pode causar a mesma distribuição das lesões e os mesmos achados do exame físico, mas não deve ser sazonal; a diferenciação é feita pela observação da resposta à dieta hipoalergênica. A hipersensibilidade à picada de pulga é a causa mais comum de prurido sazonal, normalmente ocorre concomitante à dermatite atópica; a diferenciação é feita pela observação da distribuição das lesões, resposta ao controle de pulgas e eliminação de ouras causas. A sarna sarcóptica frequentemente ocorre em cães jovens ou errantes; provoca prurido intenso da parte ventral do tórax, lateral dos cotovelos e jarretes, bem como margens do pavilhão auricular; a diferenciação é feita por múltiplos raspados cutâneos e/ou resposta completa a uma tentativa de terapia acaricida. A piodermire secundária é geralmente causada por Staphylococcus pseudointermedius; caracterizada por pápulas foliculares, pústulas, crostas e colaretes epidérmicos. A infecções secundárias por leveduras são causadas por Malassezia pachydermatis; caracterizadas por pregas corporais e áreas intertriginosas eritematosas, escamosas, crostosas, oleosas e muito fétidas; a diferenciação é feita pela demonstração de numerosos microrganismos leveduriformes em brotamento por citologia da pele e obtenção de uma resposta favorável à terapia antifúngica. A dermatite de contato (alérgica ou irritante) pode causar eritema e prurido intensos dos pés e das áreas com poucos pelos do ventre. No hemograma há eosinofilia, sendo rara em cães sem infestação concomitante por pulgas, mas comum em gatos. Existem testes alérgicos sorológicos disponíveis no mercado para medir a quantidade de IgE alérgeno-específico no soro do paciente. Neste teste não há necessidade de tricotomia de grandes áreas de pelo ou de sedação. Todavia, podem acontecer frequentes reações falso-positivas ou falso-negativas, além de ser um número limitado de alérgenos testados. O teste intradérmico é considerado o teste preferido, pois permite a formulação de uma prescrição de imunoterapia. Pequenas quantidades do alérgeno testado são injetadas por via intradérmica; a formação de pápulas é mensurada e avaliada de forma subjetiva. Podem ocorrer reações falo-positivas e falso-negativas.


5) TRATAMENTO E MANEJO: Deve-se evitar os alérgenos ofensores sempre que possível. Dietas ricas em ácidos graxos podem ser benéficas. É importante orientar o tutor explicando que o problema tem natureza progressiva. Se, por alguma razão, seja absolutamente necessário administrar um tratamento imune supressivo ao paciente, deve-se oferecer um suporte nutricional adequado, que repare os possíveis efeitos adversos. Uma dieta preparada com alimentos frescos é a principal defesa do Pet contra qualquer problema imune. A melhor cura é sempre a prevenção, por isso, deve-se oferecer uma dieta variada e balanceada, a qual seja rica em proteínas, gorduras e nutrientes. Informar que raramente ocorre remissão e que pode não haver cura. Comunicar ao proprietário que alguma terapia pode ser necessária para manter a qualidade de vida.



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